quarta-feira

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segunda-feira

Ralph Gibson...







Durante aquele que parecia ser mais um dedilhado desenfreado em profunda tentativa de comunicação com o meu telecomando, vulgo, zapping às milhentas da madrugada numa procura louca de um motivo de resistência ao apelo da almofada, dou por mim num dos canais da cabo porventura mais vanguardistas e culturais, porem completamente obnubilado e aniquilado nas profundezas da lista de canais, o arte. Dou de caras com imagens dos mais variados ângulos, posições, opiniões, montagens tudo tendo em grande perspectiva os genitais humanos. Vaginas, pénis, seios... actores e actrizes de papel principal, num argumento dedicado à sexualidade artística, suportando uma carga subjectiva em cada take. De entre todas as imagens ressaltou-me um autor em particular! Precisamente aquele cujas fotos exponho aqui! Ao tentar conhecer mais deste fotógrafo, Ralph Gibson, encontro o seu site repleto de autênticas relíquias pintadas num fundo a preto e branco, recalcadas por uma luz sombria sobressaindo cada peça da foto... é realmente um trabalho fantástico que merece vivamente uma visita...

Problema de expressão....

Numa conversa, presupostamente entre, no mínimo, 2 interlocutores mais ou menos concentrados em manter um diálogo verbal ou mesmo que puramente gestual, imaginário ou simbólico, é socialmente requerido algumas regras ou pior, padrões de comunição! ora isto leva a que ambos sejam possuidores desses padrões e com capacidade e labilidade suficiente para adequá-los e modificá-los em função do diálogo que mantém. Obviamente, estes requesitos são-nos socialmente inbutidos de uma forma mais ou menos parca, mais ou menos dinâmica ou com mais ou menos savoir-faire!!! quando um dos elementos padrão falha instala-se o caos na conversa, no sentido em que pelo menos um dos interocutores poderá achar-se inibido ou não possuidor da totalidade desses padrões! Convergindo ao assunto que realmente me interessa focar, é realmente ténue esta fronteira entre o convencional e o outsider... e este papel toca-me a mim... um simples carregar dos "érres" (vulgo, "r") herdado de uma fonética adquirida em terras gaulesas, transforma qualquer tentativa de diálogo à nítida impressão de que do outro lado alguem assume a nossa "diferença" e tenta transmitir uma perfeita normalidade com isso, sem no entanto se aperceber que, numa posse forçada, aniquila qualquer hipótese de desenvolver o diálogo, o "doente" inibe-se, apercebe-se que foi descoberto e acanha-se! num acto de pura vergonha, adapta o seu discurso de modo a conter o menos número de palavras possível que incorporem o "r", contando é claro que torna o seu discurso obsoleto, limitado e agarrado aos tradicionais e socialmente correctos padrões de comunicação! Um atentado aos seus valores e poder de afirmação! Para cúmulo, não é menos frequente que, aquando da descoberta de um novo elemento errático, o tenda a introduzir no mesmo grupo cujo denominador comum será esta fonética "eclética" à qual pertenço, apziguando a dor e tentando estabelecer um discurso sem fronteiras com este novo parceiro de padrões equalizados...

sábado

tens razão...

Depois de longos minutos de caminho percorrido, as placas não enganam: “Fim da Linha!” Nada mais que uma sexta-feira vulgar em que tudo aponta para um jantar em família, um simples ensaio, mas talvez a simplicidade seja demasiado complexa para aqueles que têm o papel de ser pais. Enquanto os ouvia fazer questões, reclamações, objecções e quiçá, até uma breve pausa para silêncio, compreendi o porquê da baixa frequência com que faço este percurso e a rapidez com que marco o caminho de regresso. Independência! Palavra de ordem nas longas conversas que travo com os meu lindos botões, uma necessidade que por vezes parece tão estúpida quanto tardia. Tardia porque quero viver… mas, não sei se é possível viver mais do que vivo. Estúpida porque, como me pronuncia diversas e repetidas vezes a “menina dos olhos verdes”, alcançada essa fantasmagórica “Liberdade” vou sentir saudade dos mortais que me cansam nos dias actuais.
Porque nunca nos sentimos completos com o que temos? Como diz o vizinho do “Quarto de baixo”, as sinapses ainda nos levam à loucura…

para peles sensíveis...


sexta-feira

grandes ideias fazem Ploccc...

Depois de algumas manifestações de pura indignação com a escolha do nome deste blog, (para os mais distraídos) “CAGALHÃO INTELECTUAL”, decidi dissertar um pouco sobre o assunto. Pretendo dar a conhecer aos nossos fieis leitores e, convém referir que 30% da população portuguesa, exerce como primeiro acto matinal o direito de ver o “Cagalhão”, não pretendemos com isto, dizer que estamos na rota da fama, pois estes 30% são reformados, onde o CAGALHÃO para eles já não é o que era.
Deixando para trás as tristezas, passemos ao motivo “sólido” pelo qual abri este tópico… “Era uma vez” um rapaz chamado Filipe que estava sentado no sofá, acompanhado de outro rapaz chamado Filipe, o do Quarto de Cima e o do Quarto de Baixo, ao que um dos Filipes diz: “ Podíamos criar um blog chamado: “Grandes ideias fazem ploccc”… a partir desse momento desencadeou-se um verdadeiro Brainstorming, onde nome atrás de nome fomos opinando, uma verdadeira mutação ao título original foi surgindo, passando rapidamente de “Grandes ideias fazem ploccc” para “ComesMerda.Com” , mas não parou por aqui e rapidamente chegou a “AlheiraComPêlos”. Foi ai que eu me manifestei: “ALTO e Pára o Baile”… Enquanto a conversa esteve na merda, eu até compreendi, mas agora, estamos a falar de chouriços com pêlos!!! Chegada então a altura de voltar á merda e, rapidamente se transformou o Ploccc original em Cagalhão, depois disto foi só classificar esta nossa tempestade de ideias como algo cheio de intelectualidade e misturar tudo com muito amor e carinho, pronto: “Cagalhão Intelectual
Vá lá pessoal…animem-se, podia ter sido pior!

mamas... "A profecia"

MAMAS...a palavra relembra directamente o fascínio masculino por: …mamas!
Abrimos os olhos pela primeira vez e o que vemos? mamas... claro que existem alguns coitados entre nós que apenas saborearam a borracha de um biberão. Passamos uns tempos rodeados de simples e inocentes mamas de mãe, aquelas que nos alimentaram nos fizeram crescer e passados muitos e muitos anos, talvez ajudem a justificar o porquê deste desejo masculino em torno do " par de mamas perfeito"! A busca continua mas será que esse "tesouro" existe? Por aquilo que sei, existem em diversos formatos e para todos os gostos: mamas grandes mamas pequenas, mamas descaídas mamas arrebitadas, mamas brancas mamas negras, mamas de tantos feitios que quase perdemos o norte. Mas afinal, qual será o encanto escondido que esta simples e bela parte corporal faz recair sobre o sexo masculino? Depois de muito pensar sobre o assunto, cheguei á vazia conclusão... que não faço ideia! Muitos defendem o poder do nosso inconsciente face ás lembranças maternais da amamentação! Eu simplesmente, classificando esse acto como bizarro prefiro acreditar, que ao nível sexual os homens atribuem ás mamas um papel de destaque e, não me venham cá com histórias do tipo: "ah e tal e coisa, mas também existem iPods para todos os gostos!!!" é verdade, tenho de concordar, mas deixem-me dizer aos mais distraídos que o sistema "iPod touch", está a anos luz de um genuíno "touch the mamas"…

quinta-feira

Momento zen...

Bem, a casualidade com que nos deparamos com determinada circunstância, muitas vezes faz com que algo nos fique profundamente agarrado! parece que num timming perfeito, religiosamente combinado, algo nos aparece debaixo do nariz, algo que pretendiamos ver, ouvir ou sentir naquele preciso momento! No caso, uma música de Jay Jay Johanson que ouvi casualmente pela net! Ouçam isto e digam-me quem, no seu perfeito estado de lucidez inata ou mesmo que minimamente adquirida, poderá ficar vidrado em algo tão devastadoramente e desesperadmamente.... profundo, intimista, triste, quiçá a tangear o limite do plausivelmente considerado audível???? Sendo eu reconheciso pelo vigor do meu riso, alheio à complexidade da piada, considerado por muitos um público digno de "encore" e servindo à mesa uma dose generosa de asneira gratuita, digna do melhor cicerone social e coloquial que deveras perdura entre as ténues paredes deste meu pequeno mundo... como serei capaz de, uma vez a sós com o meu próprio "eu límbico", desorganizar e desencadear tamanha entropia melodramática, num filme que ao mesmo tempo "de autor" (invocando, claro, a conotação negativa ou exageradamente desprovida de objectivo deste género cinematográfico...) se revela de um auto-criticismo afiado e mordaz, a ponto de por em causa tudo o que sou e tudo o que mostro... ou será que poe em causa tudo o que pretendo mostrar??!!! Nestes momentos penso que a minha maior inimiga tem um nome... sinapse!

o conceito de uma boa imagem publicitária...

Quero partilhar convosco, algumas imagens de campanhas publicitárias que encontrei na internet prometendo para breve um tópico sobre os melhores Spots Publicitários que por ai navegam perdidos... desfrutem...





para embalar... Morcheeba ou Arcade Fire

Depois de tantos meses, dias, horas, minutos e até segundos de coabitação com certa personagem do andar de baixo, pouca sorte a minha, fui maluco o suficiente para aceitar blogar com esse alguém... "Ah e tal e coiso lipinho, podias blogar comigo!" chego ao blog e deparo-me com algo chocante: nem Um...nem Três, mas dois!! Dois textos de tamanho considerável (género monografia) expostos a este silêncio pintado pelo fundo negro e, penso... tenho de dar um pouco de cor e som a isto....porque "este gajo mata-me!!" ou terá sido o meu subconsciente?: "oh pá, não sabes escrever assim por isso o melhor é postares um video!!" Bem, depois de ponderar estas duas hipoteses, deixo-vos uns clips de duas bandas fantásticas! ...espero que gostem...


quarta-feira

Bati...

Acordo e dou por mim cercado. Paredes de pedra... paralelipipedos! perfeitamente cruzados de forma a criar esta estrutura estável, equilibrada e firme. Granito! lembra que fora colocado há muito tempo, a sujidade acumulada confere-lhe uma cor escura, mais velho que a própria existência de quem ali trespassa! O ar, húmido, pesado, custa a inspirar. Sinto-me como que ofegado, ofegante! As pedras suam nesta humidade e escorem gotas de luto, sujas. Dou por mim deitado, pouco confortável. O sentar provoca dores, parece que todo o corpo paralisou! Encosto-me nas pedras frias e apercebo-me do espaço onde me encontro. O chão é de cimento frio. Tão duro que magoa qualquer osso, músculo ou entranhas. Cor das cinzas. A timida luz que relute em aparecer, mal permite decifrar os contornos das paredes, onde acaba chão e começa muro! De facto, apenas num relance descubro a forma circular deste sitio onde enxergo, a custo, toda a extensão das paredes. Rio-me, da minha própria estupidez, perante a óbvia constatação da pequenez deste espaço. Talvez 2 metros de diâmetro. Com os joelhos flectidos junto ao peito, espero por algo! uma sensação de quietude invade-me e impede-me de entrar no abismo do desespero, esse que me atormetou durante tempos incontáveis e incontornáveis, dissipou-se de mim. Claro, como poderia contar nessa força, se a própria se me apresentou sob o nome de Sra covardia! O silêncio profundo intimida, perturba e amedronha. Gritar?! como seria capaz? não. Espero por algo!

A abertura...

Apesar de renitentes quanto ao nome do blog e da susceptibilidade que poderiamos provocar no leitor, arremessando-nos este para o lado porco e "jabardolas" do conceito de blog, corremos o risco e aproveitamos a dicotomia inerente ao nome. Por nao se pretender aqui dissertar assuntos de interesse publico, mas antes contar uma história de quem pouco faz, mas observa e vive o suficiente para se sentir capaz de retorquir, decidimos que tudo será vago, vão e profundamente desnecessário à vossa vida! uma opinão fundamentada ou não, com uma mão cheia de criatividade e "janbardice" qb, um uptodate daquilo que vemos e ouvimos na vida real ou na vida cibernáutica atrás de nick's mais ou menos comprometedores. Qual descarga de autoclismo, aqui o cagalhão anda mais ou menos presente, com mais ou menos hegemonia, mais ou menos ironia, consistente ou não com o seu conteudo, caberá a vós discernir! A tarefa parece árdua, mas esperemos nao afundar o cagalhão, antes mantê-lo à tona... Bem-vindos!!!